quinta-feira, 25 de junho de 2009

Introdução



Bananal é o município mais a leste do estado de São Paulo, na microrregião de mesmo nome. A população estimada em 2003 era de 9.910 habitantes e a área é de 618,7 km², o que resulta numa densidade demográfica de 16,02 hab/km².

Aspectos naturais


Bananal é uma cidade que possui um clima tropical e o seu relevo não é plano, ele possui elevações, considerando a sua formãção geológica.
Como podemos ver na foto ao lado, Bananal abriga grande parte da Mata Atlântica.
Além do mais, Bananal possui muitos rios, e dentro deles o Rio Bananal.
O solo de Bananal é arenoso e argiloso.

Aspectos humanos



Em Bananal, os 'barões do café' formavam a elite do Império. Com seu dinheiro, depositado nos bancos de Londres, chegaram a avalizar empréstimos feitos pelo Brasil para enfrentar a Guerra do Paraguai. Financiaram a construção da Estrada de Ferro Ramal Bananalense - que passava pelas fazendas mais ricas e iam até Barra Mansa, no Rio de Janeiro - e trouxeram uma estação ferroviária inteira da Bélgica. Por algum tempo, a cidade teve sua própria moeda. Um dos fazendeiros mais poderosos da cidade, Manoel de Aguiar Vallim, dono da fazenda Resgate, teria ao morrer, em 1878, apenas em apólices da dívida pública, quase 1% de todo papel moeda emitido no Brasil.

Mas o período de prosperidade obtido com o chamado ouro verde não demorou a chegar ao fim. No final do século, as terras começaram a dar sinais de exaustão. A abertura da ferrovia Santos-Jundiaí veio facilitar o escoamento da produção de pontos mais distantes do litoral, propiciando a expanSão da lavoura cafeeira no oeste paulista. A abolição da escravatura, em 1888, enfraqueceu ainda mais a economia da região. Os filhos dos grandes fazendeiros não conseguiriam manter as fortunas herdadas dos pais. As pastagens para criação de gado tomaram o lugar dos cafezais. No entanto, não seriam capazes de restaurar o poder e a riqueza das famílias de Bananal e de todo vale, mergulhadas em brigas por heranças e perdidas na lembrança do período de glória.

Na década de 50, mais um golpe. A abertura da Via Dutra, rodovia ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, praticamente desativou a estrada dos tropeiros, que passava por Bananal, além de Areias, Silveiras, Formoso e São José do Barreiro. Todas elas se tornaram 'cidades mortas' - como escreveu Monteiro Lobato, que morou em Areias e presenciou a decadência da região.

Conclusão


Há quem diga que Bananal é a “capital das Cidades Mortas”, mas a cidade é muito mais do que isso. No passado, foi a principal via de escoamento das Minas Gerais para o porto de Parati (RJ). Durante o ciclo cafeeiro, Bananal experimentou o esplendor de ser uma das cidades mais ricas do Brasil. O onde seus fazendeiros avalizavam empréstimos da Inglaterra para o Governo Federal Brasileiro.
O tempo passou, o café se foi e sobrou em Bananal a riqueza expressa em um povo, seus valores, suas tradições e toda a beleza natural da região aliada às construções dos ricos barões do café, que tornam a cidade um parque cultural de valor inestimável.